LOGORAMA é um espaço de exposição e expressão de refêrencias de arte, design e cultura. Procuramos expor aqui trabalhos relevantes, que tenham profundidade de conteúdo. Artistas, peças de comunicação e obras que nos façam pensar.

LOGORAMA é mantido pela M'Baraká experiências relevantes, grupo multidisciplinar de criativos do Rio. O BLOG nos mantêm vivos criativamente e nos ajuda a pensar diferente.

LIVE P.A. A primeira edição do evento que reúne diversos músicos acontece em Brasília, durante as sextas e sábados de maio no CCBB. Entrada franca.

PASSOS O novo espetáculo da cia Crescer e Viver de Circo pode ser conferido às sextas e sábados às 20h e domingo às 18h até o dia 29 de maio. A lona do circo fica na Rua do Carmo Neto, 143, em frente ao metrô da praça XI.


Cut Copy

Móveis Coloniais de Aracaju

Santigold

Little Joy

She and Him

Black Kids

19 de set. de 2007

Multimídia à moda antiga e “A obra de arte na era da reprodução mecânica”



Multimídia são múltiplas mídias. Engana-se quem intuitivamente acaba relacionando o termo exclusivamente às mídias digitais. Os diferentes suportes, as especificidades de linguagens, podem se misturar de várias formas para compor o termo multimídia.

Dito isso, esse post é dedicado a um artista que há muito brinca com a relação entre as linguagens e os suportes. Eli Sudbrack que já usou e abusou de diferentes suportes e mídias, entre postais, outdoors e camisetas. Atento aos movimentos de seu tempo, e mesmo antecipando-se, Eli modernizou-se e ficou milionário ao vender suas obras em CD, em arquivos de illustrator, acompanhados muitas vezes por músicas e vídeos.


Esse ano, Eli, que vem assinando como Assume Vivid Astro Focus, esteve em cartaz em Nova York, na John Connelly Presents. Eli já expôs na mesma galeria na exposição "K48 – Teenage Rebel: The Bedroom Show", que reuniu trabalhos de 80 novos artistas sobre o universo adolescente. O novo suporte que vem explorando são papéis de parede.


Segundo o artista, as obras de K-48 (acima), são sobre “celebração de prazer, ... de momentos que provocam um estado psicodélico de delírio e êxtase”. Bem representando pela explosão de cores e formas.

Já em sua mostra atual, “A Very Anxious Feeling” (fotos abaixo), o artista cria ambiente, usando novamente os papeis de parede, sob uma nova ótica. Nessas instalações, chamadas 3-D wallpaper, Assume Vivid Astro Focus trabalha ambientes, faz uso de mascaras que revelam efeitos 3-D, mas estimula também uma experiência bidimensional. Assume usa e abusa de grafismos, musica, néon e luz, esculturas, numa experiência multimídia e multidisciplinar que exige a performance do público.




Talvez Assume Vivid Astro Focus venda parte de sua obra em arquivos gravados em CD novamente. Mas sua arte está na experiência. Pode-se reproduzi-la? Talvez. Ou mesmo reinventá-la.

O que provocamos aqui é a relação que o artista tem com a obra, com sua experiência e sua forma de distribuição. Retomar a antiga dicotomia entre a “exclusividade” da obra, como resultante de um momento único de expressão sensível e estética, em contraponto com sua produção em série. Como muito bem colocado num dos blogs que acessamos para fazer esse post, retoma-se em grande estilo a discussão de Walter Benjamin em “A obra de arte na era de sua Reprodutibilidade Técnica". Porém, vale refletir se o que vale é o suporte e a reprodução do resultado em si ou o ato criativo, único e irreproduzível.


Fica a reflexão...


Mais sobre o asusnto em:

Érika Palomino
Book of hours

Um comentário:

Anônimo disse...

Sensacional e ponto.
Hummm boa reflexão dear. Eu particularmente vejo qualquer obra, sendo ela única ou não como uma produção em série, são tantos os meios divulgá-la que é como se existissem várias. E dentro dela mesma milhares de possibilidades de exploração, múltiplas percepções. Há, me empolguei rs.