LOGORAMA é um espaço de exposição e expressão de refêrencias de arte, design e cultura. Procuramos expor aqui trabalhos relevantes, que tenham profundidade de conteúdo. Artistas, peças de comunicação e obras que nos façam pensar.

LOGORAMA é mantido pela M'Baraká experiências relevantes, grupo multidisciplinar de criativos do Rio. O BLOG nos mantêm vivos criativamente e nos ajuda a pensar diferente.

LIVE P.A. A primeira edição do evento que reúne diversos músicos acontece em Brasília, durante as sextas e sábados de maio no CCBB. Entrada franca.

PASSOS O novo espetáculo da cia Crescer e Viver de Circo pode ser conferido às sextas e sábados às 20h e domingo às 18h até o dia 29 de maio. A lona do circo fica na Rua do Carmo Neto, 143, em frente ao metrô da praça XI.


Cut Copy

Móveis Coloniais de Aracaju

Santigold

Little Joy

She and Him

Black Kids

27 de set. de 2007

Blooks - Tribos & Letras na Rede


Para os que não tem tempo (paciência) de ler o relato completo da experiência, resumimos em poucas palavras:

A mostra Blooks é uma imersão no universo polifônico, democrático, labiríntico, ecoante, excessivo que é a internet. Mostra esse momento, quando é a vez da histórica platéia subir ao palco. Momento quando, reinterpretando Barthes, o autor não morre, mas se multiplica. Agora exponencialmente, pois tem ouvidos e voz. E ecoa.

Blooks
propõe essa experiência.E é impressionante o resultado.


Alguns logorâmicos foram essa semana ao Oi Futuro, espaço carioca que tem super a ver com as questões que a gente aborda por aqui. Por ser um dos únicos espaços culturais do Rio (ou o único mesmo), dedicado à arte tecnológica, arte interativa, multimeios e etc, nós estamos sempre passeando por lá.

O espaço tem uma boa programação e apresenta muitas obras interessantes, mas o que nós logorâmicos sempre questionamos é um certo descuido de curadores na contextualização das obras. De um modo geral, achamos que as obras interativas, vídeo arte, multimieos, como ainda não são íntimas do grande público, aumentam o seu potencial de diálogo se bem contextualizados, projetados. Isso pode ser feito de diferentes formas, com recursos diversos de design, cenografia ou mesmo recursos de audio e outras possibilidades criativas: tudo o que possa contribuir para instigar os sentidos e
provocar a redenção do participante à experiência.

Dessa vez que fomos lá, duas surpresas: a exposição dos “babilaques” de Wally Salomão está uma excelente. Sem nenhum recurso tecnológico / digital, a exposição impacta e leva o expectador àquele mundo poético e polissêmico do saudoso Wally.


Mas foi subindo mais um andar que tivemos nossa grande surpresa: a mostra “Blooks - Tribos & Letras na Rede”. O texto da exposição introduz à experiência. Não o temos na integra, mas ficou na memória a relação que faz entre as mil vozes, o espaço do muito, do excesso, os diversos hoje de hoje, a viagem hipertextual e polifônica da rede, que ecoa a partir da apropriação dos usuários e da chamada web 2.0.


Coordenada por Heloísa Buarque de Hollanda, com a curadoria é de Bruna Beber e Osmar Salomão (coincidentemente, filho de Wally), a mostra é sobre os mais de 200 blogs brasileiros de prosa, poesia, quadrinhos, grafismos e conexões entre letra e música. Apresenta as peculiaridades desta produção e quer discutir esse novo formato, as novas poéticas (que tanto falamos aqui), da arte literária que surge na web.

A experiência é um mergulho! O áudio, a cenografia, o cuidado no design, a curadoria. Cada detalhe amplia a impressão de estar de fato numa experiência estendida dessa que fazemos diariamente: estar na rede, em rede, neste espaço de intimidades impessoais, de transparências opacas, de fluxos indefinidos.



Foi arrebatador! Mesmo. Um detalhe curioso, que completou o ineditismo da situação, foi o segurança do espaço, que caiu na rede. Durante todo o tempo que ficamos lá, ele voltou cerca de 5 vezes para mais um mergulho. E navegava pelas marés inconstantes e reveladoras dos diversos blogs que podiam ser acessados em plasmas espalhados pelo espaço.

O conjunto da visita foi inesquecível. Os logorâmicos recomendam. Até esse fim de semana (30/09).

INTERACTIVE APPLE STORE BERLIN - Uma instalação no PDV bem pensada.

A instalação para Aplle Store foi desenhada como parte das vitrines que dão para a rua: três projeções com imagens de dançarinos interagem com quem passa diante da loja. Provavelmente mais uma façanha da tecnologia motion capture, que identifica os transeuntes através de uma câmera, processando as imagens e animações a partir do posicionamento dos mesmos. Com uma estética bastante ipod, fotografias em tons escuros residem sobre um fundo ácido de amarelos, verdes e pinks. A experiência parece bastante expressiva. Capaz de fazer alguém dançar no meio da rua. A mídia interativa que desperta o gesto humano em improvável interação com o mundo artificial fascina. E ganha ainda mais pontos quando o faz através de estímulos mais nobres como a arte.



Mostra, sobretudo, que no ponto de venda há espaço de sobre para, além de novidade tecnológica, expressões artísticas mais coerentes e visões de marca menos agressivas.


Depois a gente fala sobre a loja.

19 de set. de 2007

Touch of Kandinsky


Touch of Kandinsky é um tapete interativo concebido com um objetivo: aumentar a compreensão da arte abstrata, especialmente para crianças e visitantes não habituais de galerias de arte. A instalação é uma releitura e aplicação prática dos escritos de Kandinsky quando defende o conceito de sinestesia, ou seja, a inter-relação entre dois planos sensoriais diferentes, por exemplo, a capacidade de ver o som e ouvir a cor.

O tapete, inspirado na obra “group” de 1937, explora as possibilidades interativas contemporâneas em relação aos conceitos defendidos pelo artista. Toques em diferentes lugares geram diferentes sons, especialmente criados a partir da inspiração na obra de Kandinsky.

Trata-se de uma experiência imersiva que contribui para atrair e sensibilizar para as artes plásticas. Com os sentidos afinados, em pouco tempo os novos visitantes de museus devem estar aptos a penetrarem sozinhos nas maravilhas da experiência estética.



Via: Interactive Institute

Arte para toda Parte (2) – Cidade-Tela

Não temos muito que falar sobre esse post. Encontramos por acaso, pesquisando sobre arte urbana. Após passar por “n” sites, encontramos esses colossais monumentos urbanos que alegram a paisagem de algum subúrbio de Moscou. A única referência às imagens foi um texto no próprio site em que estavam, onde o autor revela sua certeza de que o descontraído colorido é capaz de reanimar o povo que sofre com o longo e rigoroso inverno...

“Here is the sample of Moscow city distant suburb.

As an experiment the dull gray houses were painted to different colours. From my point of view it’s really amazing isn’t it?

In Russia where is in winter sun is a very rare thing such kind of art might keep the winter depression away. For instance this fall-winter there were no visible sun in Moscow for more than 30 days. Due to this it was reported that a lot of people simply refuse to go to work because of an enormous depressive state they were in.

Maybe such urbanistic art would keep the depression away."


Via: English Russia » Real Urban Art

Multimídia à moda antiga e “A obra de arte na era da reprodução mecânica”



Multimídia são múltiplas mídias. Engana-se quem intuitivamente acaba relacionando o termo exclusivamente às mídias digitais. Os diferentes suportes, as especificidades de linguagens, podem se misturar de várias formas para compor o termo multimídia.

Dito isso, esse post é dedicado a um artista que há muito brinca com a relação entre as linguagens e os suportes. Eli Sudbrack que já usou e abusou de diferentes suportes e mídias, entre postais, outdoors e camisetas. Atento aos movimentos de seu tempo, e mesmo antecipando-se, Eli modernizou-se e ficou milionário ao vender suas obras em CD, em arquivos de illustrator, acompanhados muitas vezes por músicas e vídeos.


Esse ano, Eli, que vem assinando como Assume Vivid Astro Focus, esteve em cartaz em Nova York, na John Connelly Presents. Eli já expôs na mesma galeria na exposição "K48 – Teenage Rebel: The Bedroom Show", que reuniu trabalhos de 80 novos artistas sobre o universo adolescente. O novo suporte que vem explorando são papéis de parede.


Segundo o artista, as obras de K-48 (acima), são sobre “celebração de prazer, ... de momentos que provocam um estado psicodélico de delírio e êxtase”. Bem representando pela explosão de cores e formas.

Já em sua mostra atual, “A Very Anxious Feeling” (fotos abaixo), o artista cria ambiente, usando novamente os papeis de parede, sob uma nova ótica. Nessas instalações, chamadas 3-D wallpaper, Assume Vivid Astro Focus trabalha ambientes, faz uso de mascaras que revelam efeitos 3-D, mas estimula também uma experiência bidimensional. Assume usa e abusa de grafismos, musica, néon e luz, esculturas, numa experiência multimídia e multidisciplinar que exige a performance do público.




Talvez Assume Vivid Astro Focus venda parte de sua obra em arquivos gravados em CD novamente. Mas sua arte está na experiência. Pode-se reproduzi-la? Talvez. Ou mesmo reinventá-la.

O que provocamos aqui é a relação que o artista tem com a obra, com sua experiência e sua forma de distribuição. Retomar a antiga dicotomia entre a “exclusividade” da obra, como resultante de um momento único de expressão sensível e estética, em contraponto com sua produção em série. Como muito bem colocado num dos blogs que acessamos para fazer esse post, retoma-se em grande estilo a discussão de Walter Benjamin em “A obra de arte na era de sua Reprodutibilidade Técnica". Porém, vale refletir se o que vale é o suporte e a reprodução do resultado em si ou o ato criativo, único e irreproduzível.


Fica a reflexão...


Mais sobre o asusnto em:

Érika Palomino
Book of hours

14 de set. de 2007

Arte, Cultura, Arquitetura e Sustentabilidade – Tudo ao mesmo tempo agora!


Kubik é uma instalação open-air que une arquitetura, luz e música, e um conceito sustentável, fazendo uso de materiais recicláveis. Trata-se de uma boate itinerante, feita por 275 tanques industriais empilhados e iluminados, que formam uma imponente estrutura, com forte impacto estético. Dentro do cubo, o público experimenta a instalação, cuja intensidade e movimento da luz muda de acordo com o ritmo da música.

O projeto foi lançado em Berlim mas ainda vai passar por outras cidades da Europa. O conceito de uma arquitetura temporária com conteúdos culturais e materiais recicláveis foi o briefing do projeto Kubik, muito bem desenvolvido pela Balestra Berlim, Modulorbeat e o LightLife. Um execelente exemplo da potencialidade de projetos multidisciplinares – o que nós, logorâmicos, buscamos para apresentar aqui!



Via: Design21

Wired Next Fest - Experience the Future


Wired Next Fest é uma feira de quatro dias de duração nos EUA sobre tecnologias que estão transformando o mundo hoje. Esse ano a feira acontecerá em Los Angeles é trará mais de 160 exposições interativas de cientistas e pesquisadores do mundo todo. O evento aborda diversas áreas como: entretenimento, exploração, saúde, games, robótica, design e sustentabilidade. Conta com a participação (patrocínio) de empresas como Discovery Channel, GE, Virgin, Hitachi, dentre outras grandes multinacionais.

Nós logorâmicos estivemos por lá no ano passado na edição de NY. É realmente impactante, principalmente porque os recursos disponíveis na terra do Tio San são bem diferentes do que vemos por aqui. Vimos uma palestra sobre a nave espacial da virgin galactics - é impressionante como eles conseguiram transformar a viagem em uma experiência de marca: segura, confortável e inesquecível. Há sempre muita projeção interativa, projetos artísticos de nível. Nesse ano a entrada do evento contará com uma instalação desenvolvida pelo estudio Novaiorquino Trollbäck + Company. Fazendo uso de uma nova tecnologia de LEDS (MiTRIX, que parece explorar pontos em 3 dimensões). Vale a pena conferir, uma pena que não poderemos passar por lá esse ano... quem passar, mande notícias: logorama@logorama.com.br.
Abraços,

11 de set. de 2007

PLAY.Orchestra


PLAY.orchestra é uma instalação na entrada do
South Bank Centre que recria o ambiente de uma orquestra. Com 60 assentos, a idéia é que os visitantes possam experimentar cada instrumento e a relação com os demais, de acordo com o local onde sentam, bem como da disposição dos demais participantes. Cada banco remete a um instrumento e tem seu som ativado quando alguém se senta. Conforme as pessoas vão se sentando, composições vão sendo reveladas.

Como cada arranjo de pessoas gera uma composição sonora, estimula-se a gravação com o celular. Pode-se plugar o celular e receber ring-tones da experiência. Além disso, o celular pode interagir com a instalação e ajudar a criar novas composições.



O projeto conta com a colaboração da Philharmonia Orchestra de Londres, que quis promover seu site, onde o público pode fazer upload e download de música. A partir do uso de tecnologia wireless, a instalação permite que o público atue de forma participativa, podendo fazer upload, download e ainda participar das apresentações “live” que ocorrem aos sábados.

O projeto estimula o conhecimento da sonoridade dos instrumentos e da disposição da orquestra, sendo uma ótimo excemplo de associação entre cultura, entretenimento, tecnologia e educação.

“Layers of life” – Arquiteturas móveis e conceituais


Layers of life” é um conceito de instalação da ag4 para o projeto arquitetônico de Helmut Jahn. A instalação combina elementos naturais como água e cera, com paredes espelhadas e uma programação multimídia. Conceitualmente, a instalação remete à complexidade da biotecnologia, ciência que se alimenta de varias outras disciplinas. A parede representa, de forma abstrata, o código genético. Os displays de mídia se fundem, apresentando textos, imagens e vídeos, que tem a função de transmitir mensagens e emoções e a instalação como um todo simboliza o desenvolvimento e o futuro.


A instalação é formada por 138 blocos de cera em 360 metros quadrados dispostos em cinco andares, que, misturados ao vidro – em antítese, como diz o conceito do projeto – formam a estrutura da instalação. O uso da cera de abelha, além de estético, tem forte função conceitual no projeto. Nas colméias, ele serve, entre outras coisas, para o fluxo da informação dentro da colônia. Da metáfora comunicativa do material, a instalação apresenta uma comunicação multimídia, interligada e complexa.

Via: Media Architecture

Tatuagem de Luz



O designer Kyeok Kim inovou em suas jóias ao brincar com jogos de luz no corpo. Sua coleção “Aurora” são braceletes, anéis e colares e outros ornamento com delicadas formas em recorte que, de acordo com o movimento, criam delicadas tatuagens de luz no corpo.


O funcionamento se dá através de um imã pelo qual se regula a direção da luz. O efeito é surpreendente e delicado. Aurora faz parte da coleção “The sensory Wearable” do designer, que ele define como algo que pretende traduzir as emoções através de uma ornamentação mais sensorial.

Via: Yanko Design

Diversão e Arte para toda Parte!



Que todo mineiro gosta de uma boa pinga, todo mundo sabe. Isso se reflete na imensa quantidade de botecos que tem na cidade, com fiéis freqüentadores. Unindo o útil ao agradável, surge o festival Comida di Buteco de BH, que esse ano teve sua sétima edição. Aliás, a comidinha mineira é considerada por muita gente a oitava maravilha do mundo...

Mas apesar de dar água na boca, não é esse o assunto principal para esse blog. Ocorre junto ao festival, a primeira edição do projeto “Arte no Banheiro”. A idéia é aproveitar o espaço do banheiro e utilizar – e mesmo questionar as possibilidade de uso – desses espaços.
Há algum tempo a publicidade já vem se aproveitando dos espaços de banheiro como ponto de mídia. Afinal, quem, numa rodada de cerveja ou pinga, ou num jantar, não passa pelo menos uma vez no W.C???



O post é um pouco atrasado porque o festival acabou dia 28 de maio. No entanto, achamos valido postar o tema para divulgar a iniciativa, que deve ser repetida ao que vem. Diversos artistas participaram da mostra que contou com suportes diversos como: instalações, fotografias, desenhos, pinturas e esculturas.

Excelente idéia! Afinal, a gente quer comida, diversão e arte, para toda parte!