26 de out. de 2007
Cubos Interativos Etc.
O primeiro tem conceito bem parecido com o filme.
Desenvolvido por Julian Oliver, a partir de tecnologias de realidade aumentada, ao colocar o cubo em frente a uma webcam, você se verá dentro de um ambiente 3D. Ao mover o cubo, vai-se de um ambiente à outro, como no filme. O jogo consiste no jogador lembrar que porta leva a que quarto, levando o jogador ao ambiente final. Ao conseguir, passará ao próxima nível. O jogo esta sendo em desenvolvimento em plataformas de software livre.
Já Andrew Fentem criou Fentix Cube um cubo de LED. Nele, jogos como quebra-cabeça, estarão integrados ao dispositivo e à interface. O dispositivo será vendido em edição limitada no Kinetica Museum. Não fica muito claro como funciona no vídeo. Mas esteticamente é bem sedutor.
Saindo do assunto de cubos, e aproveitando a deixa do post acima, Andrew Fentem, tem outros trabalhos muito interessantes. Em parceria com o Novation EMS Ltd. criou instrumentos sensoriais, que geram sons eletrônicos, a partir de sensores. Os instrumentos foram expostos no Kinetica Museum. No vídeo, um sintetizador interativo. No site do moço, muito mais coisas.
18 de out. de 2007
Arte, Diversão e Conteúdo na Web
Em publicidade, podemos destacar o site que a Nokia bolou, o Nokia Music Roons. Com elementos de game, recursos de multimídia de alto nível e MUITA criatividade, o site une conteúdo e entretenimento para conquistar a simpatia dos consumidores – tudo isso bem vinculado à marca, que vem provando que “a música nos conecta”. Nos quartos se tem acesso ao second life, download de musicas e uma festa num dos apartamentos.
O jogo de tabuleiro “Get the Glass”, animação 3D brutalmente realista, é uma boa opção para passar o tempo como nos velhos tempos, mas na rede. A campanha – claro que é campanha! – é da Real California Milk, industria de laticínios da Califórnia, que brinca com a idéia de uma cidade onda há escassez de leite.
O Festival de Arte Digital – FAD, que aconteceu semana retrasada em BH, mostrou outros projetos do gênero, de artistas nacionais e internacionais, o que nos permite dizer que esse tipo de obra começa a ser tratada como tal. Há, além de instalações de web, outros tipos de iniciativas virtuais que podem ser explorados no site do festival.
Na linha dos projetos criativos, vamos destacar hoje o site We Feel Fine. Com uma interface um pouco confusa (mas depois que se aprende, flui), e uma estética visual impressionante, o site é uma idéia maluca de coletar dados e reproduzir os sentimentos de pessoas de todo o mundo expostos na web.
O "gráfico" acima representa a quantidade de pessoas que sentem “different” e expuseram isso em blogs de todo o mundo em 2007.
Já este, se refere a algumas imagens postadas com o tema “different” ao redor do mundo.
A web como interface e meio, esta cada vez mais promovendo uma linguagem própria, com peculiaridades que a fortalecem como meio expositor de arte.
9 de out. de 2007
Expoentes do Light Design
A “Dazed Digital” recentemente publicou três documentários sobre artistas que trabalham com luz. Entre estes estão Jason Bruges e a “United Vissual Artists”, os quais já foram citados inúmeras vezes pela Dazed Digital como produtores de varias instalações para exposições e galerias, assim como ambientes públicos, mobiliários e fachadas de edifícios – vale a pena conferir ambos os sites.
Se você sempre se perguntou o que acontece por trás dessas instalações, que tecnologias são utilizadas e o porquê dessas empresas e artistas estarem no centro da cena dos projetos Light Design, os dois primeiros documentários da série cumprem este papel. Já o terceiro, é uma visão mais pessoal de um artista independente, David Batchelor. Suas peças que fundem arte e luz exploram o conceito de cor como um único fenômeno: a cor como algo onipresente nas experiências do dia a dia, e sua transcendência funcional e estética na criação de simbolismos.
Separamos pequenas demonstrações do trabalho de cada um desses artistas / coletivos:
Jason Bruges tem um vasto portifólio de trabalhos com luz – de instalações de grande porte a iluminação de interiores, passando por projetos mais completos que unem estética e conteúdo em torno da luz. Em seu site, pequenos textos e muitas imagens de seu trabalho, que deixa claro seu conhecimento das diferentes tecnologias úteis ao light design.
O estúdio United Visual Artists une três disciplinas principais: o conhecimento artístico, o design e a engenharia de software, a fim de gerar experiências imersivas em tempo real (interatividade). A proximidade com a engenharia de software permite ao escritório o desenvolvimento de projetos inovadores em termos tecnológicos e de grande impacto artístico.
David Batchelor
Já a obra de David Batchelor, Professor da Royal College of Art, de Londres, tem como característica a mistura de cores e texturas e na utilização de objetos dos mais variados - de trens industriais e ferro a sinais de trânsito descartados e luminárias comerciais. Conceitualmente, David Batchelor trabalha com as cores, particularmente sua interação com o ambiente urbano moderno. Sua relação com a aplicação das cores em arte está também em seu livro Chromophobia, publicado em 2000 (sem versão no Brasil). David Batchelor já esteve em terras tupiniquins, na Bienal de 2004.
Os três documentários podem ser vistos em Danzel Digital - Seduced by Light
Reprojected - Instalação Urbana
Reprojected (Re-projetando) está atualmente em exibição em “Seven Screens”(Sete Telas) em Munique, uma instalação que consta de sete painéis duplos de LED, cada um medindo seis metros de altura. Fazem uma releitura do que esta ocorrendo no local.
Ao contrario do que acontece normalmente, “reprojected” se foca em uma visão mais distanciada, se focando exclusivamente nas sombras de pessoas computadorizadas. Elas só são visíveis devido ao uso de uma fornte luminosa, que se mexe no espaço virtual entre os painéis.
As imagens projetadas nas “Seven screens” brincam com a percepção do espaço ao redor e introduzem uma distancia entre os eventos que estão ocorrendo e a instalação.
Como instalação urbana, Reprojected é altamente impactante.
2 de out. de 2007
Energia. Minha, sua, de onde vem?
Segundo o pessoal da M’Baraká (produtora de design, conteúdos e interatividade): “Foi em Setembro de 2005 que iniciou-se a produção dessa que seria nossa primeira aventura no universo da criação e produção utilizando as bases da tecnologia de motion capture. Nada era muito preciso, mas tínhamos uma boa idéia de experiência virtual na cabeça e a sólida experiência de um grupo português de inovação em tecnologias interativas”.
A experiência é realmente arrebatadora, um exemplo de instalações interativas mais imersivas que já vivenciamos. O mais legal foi ver a reação das pessoas: muitos duvidavam daquela possibilidade tecnológica – teve gente rezando e tudo. Foram as crianças que realmente mergulharam na experiência, despreocupadas com o meio que gerador da coisa, aproveitaram de verdade!
A Mostra - intitulada SeLiga, De Onde Vem a Energia? - deu resultado, proporcionando a muitas crianças uma experiência lúdica que, através da arte interativa, explicou de onde vem a energia. Por seu diferencial artístico e inovação tecnológica, levou o projeto a capa do Globinho.
Esperamos ver essa mesma instalação em muitas outras mostras de arte e tecnologia aqui no Brasil.
Idealização e Direção: M’Baraka Tecnologia: YDreams Design: Visorama Sound Design: Manga Jingle Fotografia: Gustavo Cassano